Carta Aberta da LABRE-RJ pede o fim do CW
Publicado 15. Jun, 2013 por PY2JF - João Roberto como Artigos
Por João Roberto S. Gândara Ferreira, PY2JF.
A LABRE-RJ disponibilizou no Youtube uma Carta Aberta propondo o fim da telegrafia para exames de promoção. Pelo que se entende na narrativa, que mais lembra aqueles discursos nacionalistas da época da ditadura Militar, a culpa da falta de arrecadação da LABRE é do CW. Eles acreditam que eliminando o CW terão mais associados e arrecadação maior. Será? Duvido.
Se saber CW faz do radioamador alguém mais apto para os privilégios de certas bandas é no mínimo controverso. Eu particularmente penso que não. Acredito que existem outras formas de avaliação mais efetivas para permitir ou não o acesso as classes mais altas do radioamadorismo. Mas pelo que entendi essa LABRE apenas propoe o fim dessa barreira sem nenhuma sugestão de como melhorar a avaliação e do que entrar no lugar do CW. Apenas tirar o CW seria um tiro no pé.
Ouçam a narrativa e tirem suas próprias conclusões. O espaço dos comentários, a direita, fica aberto para debatermos o assunto.
Adinei PY2ADN
Jun 15th, 2013
Texto enfadonho, pedante, arrogante, antiquado, equivocado e patético. Muito provavelmente os “dinossauros apertadores de botões” que o rascunharam ainda não se deram conta de que o que “acabou” com a “arrecadação” (parece ser esta a ÚNICA preocupação deles!) da liga não foi “o CW”, mas sim a TOTAL OMISSÃO E DESCASO com que ELES trataram o Radioamadorismo por décadas. Agora que aquela seccional da liga se encontra em situação “precária e falimentar” estão iludidos com a infantil e equivocada idéia de que se “escancararem as portas” para a promoção de classe, todos os beneficiados pelo “facilitário” irão se a$$ociar àquela instituição… LEDO ENGANO!
Alguém deveria relembrar e esses sujeitos que a “solução” para salvar a liga NÃO É POR AÍ, mas por um único outro caminho: TRABALHAR E UNIR OS RADIOAMADORES, pois só depois os frutos serão colhidos como CONSEQUÊNCIA. Aliás, nesse sentido deveriam se espelhar no trabalho que o diligente Aramir PY2AL e sua equipe fizeram na Labre-SP em sua última gestão: organizaram exames mensais em todo o interior, organizaram a página (Biazoto PY2AY), colocaram as finanças em ordem. Mas mais do que isso: se aproximaram dos Radioamadores. Pelo que tenho visto, a Labre-RS, apesar de estar em situãção financeira pior, tem realizado encontros, DXpedições a faróis e mantém um excelente informativo semanal. Sem fazer o mesmo por lá, e que com um discurso antiquado e rebuscado desses, será que esses “dinossauros” do RJ acreditam realmente que conseguirão atrair algum associado?
O que realmente “tem que acabar” não são as provas de telegrafia, mas sim esses DINOSSAUROS antiquados (que não devem conhecer nem por foto o que é um “ferro de solda”) nos cargos de direção da nossa liga representativa. Ou será que algum de nós se identifica com esse tipo de “vocabulário”?
PS: só pra deixar claro: também sou favorável à existência de outros tipos de provas FACULTATIVAS ao CW, mas não com a substituição dessa por simples e antiquados testes cujas respostas podem ser decoradas…
Simões
Jun 20th, 2013
Pessoal
A LABRE/RS é a prova de que o trabalho e a união pode sim trazer de volta os velhos tempos onde a LIGA era respeitada. A atual administração tem tido êxito com muito trabalho e dedicação dos seus 8 diretores sem precisar depreciar a nossa legislação. A dificuldade com o CW existe, mas minha opinião é que em vez de excluí-lo devemos ajudá-los a aprender, pois sabemos que é possível. Devemos lembrar sempre que mantendo o nível de cultura e aprendizado manteremos o nível dos QSOs. Parabéns pela coluna.
Paulo Rogério Salagnac
Jun 1st, 2014
Entendo que o mundo anda prá frente , se a maioria dos paises já aboliram o CW , nós deveriamos seguir este exemplo , também entendo que as provas técnicas de eletrônica fossem mais rigorosas , visto que tenho ouvido muitas bobagens pela QRG, principalmente com as formulas mágicas de construção de antenas , são tão mirabolantes que mais parecem bruxaria.
PU3PRS
Paulo Rogério Salagnac.
PY2JF
Jun 15th, 2013
Adinei, faço de suas palavras as minhas. Sempre fui associado da LABRE, mas tive muitas decepções e não concordava com quase nada do que eles faziam na época. Quando caiu a obrigatoriedade (sim, eu era obrigado a ser sócio), me desliguei e não me arrependo de nada.
Eu tenho ouvido de agumas pessoas a celebre frase do ex presidente americano John Kennedy remendada para a LABRE:”Não pergunte o que a LABRE pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela LABRE”. Discordo! Eu já tentei ajudá-la no passado, quebrei a cara. Agora ela precisa me mostrar que é útil, que trabalha em prol do radioamador para que eu um dia volte a ser associado e ela embolse meu dinheiro.
Adinei PY2ADN
Jun 15th, 2013
Da mesma forma que você eu também me desfiliei da Labre quando caiu a obrigatoriedade em 1986. No entanto, após ver o que a gestão (Labre-SP) da equipe do Aramir PY2AL estava fazendo pelo Radioamadorismo, ME FILIEI NOVAMENTE, e não me arrependo. Agora eles acabaram de reformar a sede, reorganizaram o bureau de cartões QSL, reativaram o museu e estão trabalhando arduamente (através da equipe do GDE) pelo fim dos problemas de radionterferência. Ao menos aqui no Estado de São Paulo, a Labre está arregaçando as mangas, portanto devemos dar nosso voto de confiança. No entanto o grande problema é a Labre CENTRAL, que não tem nenhuma proximidade com os Radioamadores e continua sendo um “clube de velhos apertadores de botões”. Se não mudarmos isso com urgência, jamais teremos uma liga representativa atuante!
PY2JF
Jun 16th, 2013
A minha expectativa de uma entidade voltada ao radioamadorismo é que ela, em primeiro lugar, deveria preparar os radioamadores para que sejam realmente radioamadores.
Eu só vejo a LABRE se preocupar com arrecadação e outras atividades que ao meu ver não são importantes. Quanto a equipe do GDE, desculpe minha ignorância, mas o que de efetivo já resultou? Praticamente todos sabem quem causam as interferências, quem são os maus “radioamadores”, mas nada se faz.
Até mesmo essa coisa de bureau de QSL não me importa. De que adianta um bureau que demora mais de um ano para entregar ou receber um QSL? Prefiro usar os Correios e pagar.
Eu acho que a LABRE precisa se reinventar. Precisa fazer uma consulta pública com todos os radioamadores e ouvir deles o que é importante.
Como já lhe comentei, tentei contato com o presidente atual da LABRE para sugerir idéias, inclusive achava que algumas eram bem inéditas e trariam benefícios ao hobby. Mas fui completamente ignorado.
Acho que já dei muita chance para a LABRE. Agora sou completamente incrédulo de sua capacidade. Quando ela me supreender com alguma coisa positiva, quem sabe eu mude de idéia.
Adinei PY2ADN
Jun 16th, 2013
João Roberto, da mesma forma que no CRAM, onde poucos colegas fazem idéia do trabaho e da dedicação que os mantenedores têm para manter os repetidores no ar, o GDE tem batalhado muito pela defesa do espectro, em diversas frentes:
– Frente 1: EMC – Compatibilidade Eletromagnética, onde tem incentivado a implementação das normas de EMC no Brasil.
Atuação 1.1: CBAC – Inmetro
Incentivar implementação das normas de EMC.
Situação: Em operação, com apoio do GT gde-emc.
Atuação 1.2: COBEI – ABNT
Incentivar redação das normas de EMC.
Situação: Em operação, com apoio do GT gde-emc.
Atuação derivada 1.2.1: Auxílio na CISPR 15
Situação: Em operação, com apoio do GT gde-emc.
– Frente 2: Monitoramento Espectral, onde tem auxiliado no monitoramento e informes sobre confitos espectrais.
Atuação 2.1: IARU/MS
Integração com equipes internacionais, escutas conjuntas, logs, encaminhamento de casos para administrações nacionais.
Situação: Em operação.
Defesa e gestão espectral
– Frente 3: Alocação de frequências, onde tem atuado na reorganização espectral em acordo com as futuras CMRs e RR.
Atuação 3.1: CBC – ANATEL
Defesa de faixas existentes e conquista de novos segmentos.
Situação: Em operação.
Possível atuação derivada 3.1.1: Testes nos 5 MHz
Situação: Em planejamento.
– Frente 4: Atribuições, Destinações e Distribuições de frequências, onde tem atuado na reorganização espectral conforme CMRs passadas e RR.
Atuação 4.1: PDFF – ANATEL
Reorganização das atribuições e destinações no PDFF-ANATEL
Situação: Em operação.
Atuação 4.2: IARU-BP
Redistribuição interna das sub-faixas radioamadoras. Revisão do Plano de Bandas da IARU Região 2.
Situação: Em operação, com GT iaru@py2yp
Outras atividades
– Frente 5: Consultas Públicas, onde tem auxiliado no acompanhamento de CPs relacionadas aos temas do GDE.
Atuação 5.1: CPs das agências reguladoras
Auxiliar no acompanhamento e contribuir nas CPs.
Situação: Em operação, com várias atuações derivadas.
– Frente 6: Divulgação, onde tem divulgado o GDE e temas abordados pelo grupo para a sociedade.
Atuação 6.1: Site na internet
Notícias, arquivos, acervo, interativo, links.
Situação: Em operação.
Atuação 6.2: Newsletter
Coletânea das notícias do período, Informativo GDE/LABRE.
Situação: Em operação.
Todas as informações acima podem ser conferidas no próprio site do GDE:
http://www.radioamadores.org/projetos/projetos.htm
O duro é que esse pequeno e dedicado grupo de VOLUNTÁRIOS tem batalhado arduamente por todos nós, pois são os únicos que REALMENTE LUTAM pela defesa do nosso espectro. São eles que acompanham atentamente todas as questões normativas relacionadas com nossas áreas de interesse, um trabalho chato, técnico e cansativo a que poucos se atreveriam.
Adinei PY2ADN
Jun 16th, 2013
Para conhecer melhor o GDE:
http://www.radioamadores.org/news/news-2012/pdf/news-2012-60-b.pdf
Paulinho
Jun 16th, 2013
Concordo com vcs, e olha que eu sou PU.
Eu sou sócio da LABRE, mas me decepciono demais com ela, pois moro a mais de 500km da sede, e que ela pode fazer por mim? A única coisa que ela faz por mim e por outros colegas é a Licença de NOssa Repetidora que é de seu poder (Apenas a licença).
Assim como no paraná, talvez seria interessante criarmos uma ASSOCIÇÃO DOS RADIOAMADORES DO ESTADO DE SÃO PAULO. No paraná tem a ASSOCIAÇÃO DOS RADIOAMADORES DO PARANA-ARPA. E pelo que já ouvi falar faz muito pelo Radioamadorismo de lá.
Paulinho PU2PHK
Votuporanga-SP
Paulinho
Jun 16th, 2013
Eu sou sócio da LABRE.
E além da Licença da nossa repetidora aqui de Votuporanga que é da LABRE (APenas a Licença), até hoje nunca vieram fazer uma visita em nossa região e falar o que a labre pode fazer por nós aqui a mais de 500km da capital.
Será que não seria a HOra de criarmos uma ASSOCIAÇÃO DOS RADIOAMADORES DO ESTADO DE SÃO PAULO, assim como o Paraná possui. Por informações que já tive esta associação no paraná faz muito pelos radioamadores.
Paulinho PU2PHK
PY2JF
Jun 16th, 2013
Interessante Adinei é que pelo sua descrição esse GDE faz muita coisa, tem siglas e mais siglas bonitas e nomes pomposos. Mas eu, na minha humilde condição de radioamador, continuo vendo nosso espectro sendo invadido, mal utilizado, e quase que na maioria absoluta das vezes pelos próprios radioamadores. Cada ano que passa vejo piora. Havia voltado a fazer 40m um tempo atrás, mas cheguei a conclusão que não vale a pena escutar aqueles radioamadores.
Da mesma forma que não conheço direito o trabalho do GDE, não conhece também todo o trabalho do CRAM. As estações repetidoras são apenas uma das modalidades que nos dedicamos. Mas tão ou mais importante, divulgamos e incentivamos o conhecimento técnico, como artigos, reviews, CRAM TV entre outras.
Não o culpo por não sabe tudo que o CRAM faz, mas também não me sinto culpado por não saber tudo que a LABRE faz. Afinal, eles são a associação oficial dos radioamadores e deveria cuidar melhor da imagem e da divulgação de suas atividades.
Eu acho que o radioamadorismo hoje, mas do que nunca, está numa encruzilhada. Ou cuidamos do que é nosso ou isso tudo será história.
Adinei PY2ADN
Jun 16th, 2013
João, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Por uma questão constitucional, atividades de fiscalização e repressão são EXCLUSIVAS do Estado, portanto o máximo que qualquer órgão ou instituição civil pode fazer é DENUNCIAR e EXIGIR PROVIDÊNCIAS, e ninguém menos do que o GDE tem trabalhado arduamente nesse sentido. Apenas não fazem “publicidade” disso, pois essas ações são sigilosas e exigem discrição para sua efetiva realização. Para você ter uma idéia do quão eles são atuantes, posso citar o exemplo de um problema resolvido AQUI NA NOSSA CIDADE: os operadores do AM daqui não podiam mais operar no tradicional ponto de encontro em 7,220 MHz, pois o quinto harmônico de uma rádio AM daqui da cidade (1440 kHz) entupia aquela frequencia. O GDE representou e a Anatel veio até aqui, autuando a rádio e resoslvendo o problema.
Se você leu corretamente os pontos de atuação do GDE verá que a principal atuação deles é em relação junto aos órgãos fiscalizadores e regulamentadores com todos aqueles “nomes e siglas pomposos”, pois se não tivermos um Radioamador ali exigindo parâmetros mínimos, estes jamais serão representados pela indústria e pelos importadores (Você se lembra da má qualidade dos televisores fabricados aqui no Brasil durante os anos 70 e 80 era a principal responsável pelos problemas de TVI? Pois bem, se tivessemos um grupo atuante como o GDE naquela época, nós Radioamadores não seríamos “estigmatizados” até hoje como os principais responsáveis!). Até com o Ministro das Comunicações o GDE já se reuniu, exigindo mais respeito e melhores condições para o Radioamadorismo e também exigindo melhor atenção com a fiscalização. É um trabalho de extrema importância que tem sido realizado de forma VOLUNTÁRIA e DISCRETA, que infelizmente acaba não só apenas não sendo reconhecido, mas até questionado de forma deselegante por colegas que desconhecem todo o trabalho por eles realizado…
PY2JF
Jun 16th, 2013
Eu sabia que que a resposta viria a cavalo! Mas esse debate é bom, pois muitos poderão saber um pouco mais sobre ela.
Adinei, espero que me entenda, mas a LABRE contruiu essa imagem péssima ao longo dos anos. Ela vai ter que se mexer muito pra mudá-la, se é que isso ainda é possível. Talvez seja o caso de fechar a LABRE e se criar outra entidade sem o estigma do nome. Mas claro, sem os suspeitos de sempre. Se é que minha participação no radioamadorismo é de alguma valia, eu teria o maior prazer em participar e levantar a bandeira de uma associação para melhorar o radioamadorismo, mas não com a maioria desse pessoal atual dessas LABRES, e sim com sangue novo.
Quanto a GDE, se eu, um radioamador atuante, que costumo me meter em quase tudo, não sei nem 5% da grandeza dessa fantástica organização, o que dirá o radioamador menos informado ainda? Pra eu saber sobre a GDE eu teria que pesquisar, me esforçar pra entendê-la e quem sabe levantar sua bandeira. Sendo assim, seu sucesso e reconhecimento será tão discreto quanto a forma que diz que ela opera. Se o GDE é tão atuante, tem tantas vitórias importantes e que fazem diferença para nossa classe, minha sugestão é que melhorem o marketing, pois só quem participa dela aparentemente está ciente de quão importante ela é.
73 e Gusfraba.
Adinei PY2ADN
Jun 17th, 2013
João, concordo contigo em gênero, número e grau no tocante à Labre FEDERAL, e também inúmeras outras estaduais inertes, inoperantes e retrógradas. Acredito que no meu primeiro comentário já deixei bem claro isso. No entanto é preciso ressaltar que existem sim algumas iniciativas positivas e colegas que estão literalmente “arregaçando as mangas” e suando a camisa, como é o caso da Labre-SP, da Labre-RS e do próprio GDE. Apontar os problemas é fácil, mas o duro é que NÃO APARECE NINGUÉM para ajudar a “carregar o piano” no sentido de resolvê-los. Quanto a divulgação dos trabalhos e conquistas realizadas pelo GDE, sim, ela é feita na dosagem necessária, pois talvez uma maior exposição pode acabar provocando uma grande ofensiva em forma de “lobby” (que nesse país tem um peso enorme!) por parte dos grandes fabricantes de produtos eletro-eletrônicos e das grandes distribuidoras de eletricidade, que realmente são os nossos maiores inimigos nos dias de hoje.
PY2JF
Jun 18th, 2013
Adinei, não digo que não existam iniciativas positivas, essa do GDE, mesmo me parecendo assas burocrática e sem apelo para a maioria, me parece bem organizada. Por conta desse debate tomei conhecimento dela.
Quanto a aparecer para ajudar, talvez esse devesse ser o lema para atrair mais radioamadores novo que estejam dispostos a ajudar.
PY2FN- Marcelo Motoyama
Jun 18th, 2013
João, você tem razão em todas as suas colocações sobre a LABRE-SP e por isso mesmo seria que poderíamos contar com sua prestimosa presença na reinauguração da LABRE-SP pra que você possa ver com seus próprios olhos que enterramos os 78,5 anos de LABRE anteriores a partir de agora?
Após o dia 28/06 gostaria que você apresentasse novamente suas relevantes observações sobre a LABRE-SP.
73,
Marcelo Motoyama – PY2FN
Vice Presidente da LABRE-SP
PY2JF
Jun 18th, 2013
Marcelo,
A idéia não é de toda ruim pelo meu passado de insatisfação com a LABRE. Vou conversar com o Adinei e quem sabe iremos à reinauguração e até fazemos um CRAM TV sobre o tema. Vou deixar amadurecer a idéia.
Luiz Carlos
Jun 18th, 2013
Prezados.
Ouvindo a carta da LABRE-RJ vejo o quanto estão equivocados – não é a possibilidade de a promoção de classe que irá aumentar o número de filiados.
O problema está bem mais embaixo – gestão, a forma de conduzir a instituição.
Lendo os comentários de João Roberto, reflito sobre a pessoa honesta que diz não participar da política porque lá só tem ladrão. Mas, se homens honestos e decentes abdicam do direito de mudar, de participar, então… permanecerão na política… sempre… os mesmos ladrões.
Do mesmo modo, se radioamadores que têm propostas, atuam, fazem o de melhor pelo radioamadorismo, abdicarem do “direito” de participar, de contribuir, de propor, de mudar esta situação que ai está, quem o fará?
Defendo que ninguém pode reclamar da feijoada se não contribui com “uma folha de louro”, ou “uma única calabresa” que seja.
Para reclamar que algo está errado, para mudar o quadro que hoje se apresenta tem que estar lá dentro, propondo, criticando, contribuindo – mesmo que os atuais dirigentes da instituição não ouçam, as suas propostas serão avaliadas e os apelos por mudança ecoarão dentro da comunidade radioamadorística.
Só estando dentro da instituição, participando, propondo, é que mudaremos a LIGA (estadual e nacional)- não adianta criar uma outra instituição e/ou simplesmente mudar o nome da que ai está – o movimento carece de pessoas propositivas, pessoas de bem. Caso contrário, teremos, sempre, propostas descabidas, como esta apresentada pelos colegas do RJO.
E os dinossauros continuarão a administrar a instituição que a todos representa.
Forte 73
Luiz Carlos
ps8dms
PY2JF
Jun 18th, 2013
Luiz Carlos,
O preço por não participar da política de seu país ou mesmo das entidades que representam seus interesses é ser governado por pessoas não menos estúpidas que nós mesmos.
Já participei da LABRE no passado, ou melhor, tentei participar, mas eu era muito novo, minhas idéias eram motivo de gozação pelos caciques meia pena da LABRE-SP do passado. Por conta disso, me desfiliei assim que isso se tornou possível, e não me arrependo por isso. Até agora não consigo imaginar uma desvantagem por ter tomado esse rumo.
Sou a favor de entidades que nos representem, mas que nos representem decentemente. Infelizmente, a maioria pode pensar, sou membro da ARRL americana. Não tenho o que reclamar do que tenho de benefícios nela. E no meu caso, que sou radioamador interessado na essência, que é o progresso e desenvolvimento técnico, é um prato cheio.
Quem sabe isso tudo mude e eu volte um dia a ser sócio novamente dessa LABRE. Embora eu ainda ache que esse nome deveria ser enterrado e um novo, sem esse passado vergonhoso, fosse tirado da cartola.
luiz carlos
Jun 18th, 2013
Prezado João Roberto,
defendi, e defendo, que pessoas de bem devam estar à frente das instituições que nos representam e estas instituições têm que estar afinadas com os interesses da categoria. As pessoas passam, as instituições permanecem – os caciques do passado se vão, novos membros, novas ideias surgem.
O desejo de mudanças não é só seu; e é neste contexto que acredito podermos mudar o que hoje está colocado.
O convite de visitar a LABRE-SP foi feito por PY2FN- Marcelo Motoyama – espero que o aceite, e que suas ideias possam ajudar o radioamadorismo brasileiro.
De já parabenizo ao CRAM pela contribuição dada através deste espaço.
Forte 73.
Luiz Carlos
PY2JF
Jun 21st, 2013
Luiz Carlos,
Possivelmente estaremos na reinauguração com o CRAM TV para mostrar o trabalho que estão fazendo.
73
Flávio PY2ZX
Jun 23rd, 2013
Caro João Roberto,
Se hoje os radioamadores reclamam a razão de um eletrodoméstico gerar interferência excessiva, uma das causas é justamente burocrática: da ABNT e INMETRO não nacionalizarem normas internacionais que parametrizam a indústria/comércio para fabricar/vender equipamentos que atendam aos padrões de qualidade.
O GDE está efetivamente há menos de um ano participando e motivando estes setores para que o espectro eletromagnético seja melhor tratado no Brasil. Saímos da crítica e partimos para a ação. Por exemplo, é o GDE que está trabalhando junto com a ABNT na CISPR-15, norma que limita emissão de radioperturbações de equipamentos de iluminação.
Certamente siglas incomodam, mas estamos em um hobby técnico. EMC é uma questão normativa, técnica e cultural. Seus solucionamentos institucionais não acontecem com a mesma agilidade que a montagem de uma repetidora, é um trabalho de longo prazo, provavelmente a ser concluído por outros que no futuro prosseguirão com a missão que em algum momento precisava ser ao menos iniciada no Brasil, tomando a perspectiva do usuário de rádio.
Sobre invasão de frequências há muitas reclamações contundentes pelas redes sociais, mas gostaria de ver as mesmas indignações serem institucionalmente manifestadas pelas associações de rádio como denúncias formais na Anatel.
O GDE – através da LABRE – organizou dezenas de denúncias temáticas junto com a IARU Monitoring System e acionou a ouvidoria da Anatel pedindo celeridade. Fiscalização eficiente é algo que não depende da sociedade, depende diretamente da Anatel, mas é importante pressionar formalmente o estado pela sua atuação.
Sem dúvida o GDE precisa de melhor divulgação, o radioamadorismo em si precisa de melhor divulgação no Brasil, mas desde que o site do GDE foi montado mais de 70 notícias foram divulgadas e circularam em algumas das listas de radioamadorismo mais movimentadas do país.
Acredito que compartilhamos algumas críticas, mas elas só são realmente válidas quando antes melhor nos informarmos sobre o temas que desejamos tratar, evitando generalizações.
73!
Ademilton
Oct 20th, 2013
Tanto se fala em que vai piorar se eliminar o CW, vamos por a prova isto……….porque tanto medo se países como EUA e muitos outros retiraram esta obrigatoriedade e nada aconteceu.
Que se melhore as provas de Legislação, Ética de Eletrônica.
Porque o CW tem que ser o veículo de avaliação….porque não pode ser outras matérias mais importantes como a ÉTICA a LEGISLAÇÂO…Radioeletricidade?
Porque não caem nas provas o Modo digital, eu respondo……” PORQUE OS RADIOAMADORES MAIS ANTIGOS SE AGARRAM AO CW E NÃO ENTENDEM NADA DE COMPUTAÇÃO “.
São tempos modernos……então porque não pagamos para ver…….será que o radioamadorismo realmente tem como PILAR o CW, se esta modalidade é o pilar do radioamadorismo então somos fracos………..será mesmo que tirando esta obrigatoriedade desmorona tudo…..não acredito nisto, acredito que vai é aumentar a procura pelo rádio e a curiosidade pelo CW.
É minha opinião..
73
Leandro
Nov 18th, 2013
Olá João,
Primeiramente não sou radioamador, meu pai foi muitos anos atrás (mais de 25 anos), eu sempre tive vontade de modular e de uns meses para cá pesquisei e encontrei o site do CRAM e isso me motivou a comprar um HT Dual Band, qual ainda não recebi (dos low-cost mesmo..).
Atraves do CRAM fiquei sabendo da existência da LABRE e estou inscrito para o exame no proximo sábado (23/11/2013) a Classe C, estou estudando as apostilas e ainda preocupado pois só tive contato com rádios a muitos anos atras quando era criança e sempre fiquei na vontade que espero agora com meus 33 anos iniciar.
A qualidade dos seus videos e discussões me motivou a ser um novo radioamador e experimentar quem sabe a era digital D-Star.
Estou começando devagar mas certo, afinal, nem tenho radio ainda e já vou tirar minha licença, mas não sei como vou na prova, pois falta conteúdo e discussões para novos radioamadores, por isso acredito que não tenha filas de gente querendo entrar nesse meio.
Quanto a LABRE me informaram que poderia fazer minha associação mas resolvi deixar para decidir isso no dia da prova conforme ver como é o serviço e apoio deles.
Será que estou fazendo tudo certo? Assisti a TODOS seus videos no youtube, até os que não entendia.
Luiz
Dec 29th, 2014
Acho que radioamadores classe C com mais de 15 anos de prefixo poderia ser excluído do tal CW. No meu caso vou ter aprender uma modalidade que não tenho a menor vontade de utilizar ou aprender quem quer tudo bem que estude que faça.
Ronaldo
Oct 29th, 2015
Gostaria de defender o uso da telegrafia ou cw.
Tudo nesta vida é aprendizado e superação. O cw é a forma mais simples e eficiente de se transmitir uma informação; ocupa pouco espectro de rf; ajuda a desenvolver o raciocínio e a percepção temporal; quando nas dificuldades, mostra o seu valor.
O caminho mais fácil é o caminho da mediocridade. Não faltam exemplos de contatos com baixa potência, em ambientes hostis e a longas distância feitos em cw (quando falha a fonia). O cw não é retrocesso e sim uma boa cultura e uma ferramenta fundamental para o radioamador.
Que sociedade queremos ter? O que queremos compartilhar?
Julio César Souza
Mar 10th, 2016
Caros amigos, a LABRE é um caso perdido, seja onde for, nós brasileiros temos: SHOPPING, SALE, BYE, LAN HOUSE e outros, porque não usamos também para a atualizar os exames da ANATEL as regras dos países do primeiro mundo. A telegrafia é como a frase ” foi bom, foi !!! “, ela deveria ser somente um modo de operação, mas, os que tem bala na agulha não querem um povoamento a nível mais baixo, ué isso não é proibido. Nos EUA os Technician class license e Technician class license respondem 35 questões,o The Amateur Extra class license respondem a 50 questões, não tem telegrafia, o próprio pessoal da ANATEL que fazem os testes aqui no SUL me disseram que é a LABRE que exige a telegrafia por opção dos labreanos, ainda bem que NÃO COMUNGO DA MESMA OPINIÃO, telegrafia é bom para quem gosta, por isso a maioria dos jovens estudantes em escolas na volta do mundo apreciam o radioamadorismo, aqui eles dizem ” NÃO VOU APRENDER ESSA CONVERSA DE LOUCO “, por isso que o radioamadorismo brasileiro está ficando enfraquecido e VELHO, esta é minha opinião, obrigado.